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Alice no País das Armadilhas

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(Alice) ² = É um livro que traz a tona o inicio da carreira artistica de Aline Reis que se iniciou nos seus 16 anos tocando acordeom. A autobiografia vem acompanhada por uma narrativa cheia de aventuras e fantasias percorridas por Alice no País das Armadilhas. E tudo começou em 2004, quando Aline deu origem ao seu primeiro grupo "As Encantadeiras" explorando suas composições musicais. Em 2005, surge o grupo “Aline Reis e o Realejo” que tinha como ponto de partida, seus poemas escritos, musicados e arranjados em seguida coletivamente pela banda em “jam sessions” tocando ao lado de filhos de vanguarda. Continuando seu processo de pesquisadora musical, Aline Reis integrou seus trabalhos anteriores e então nasce “O Encanta Realejo” - projeto autoral que surgiu em 2007 a partir de apresentações realizadas nas ruas de Paraty durante a FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty) e em espaços públicos como o Circo do Beco e Praça Roosevell em São Paulo. A concepção das duas bandas tocando as composições de Aline Reis foram fundidas e se tornaram um espetáculo de cunho cênico-musical chamado “O Auto do Realejo Encantado” que contava a saga da trajetória de Alice, uma retirante e do Realejeiro Teotônio, também andarilho. O espetáculo também foi fio condutor do documentário “Encantos Urbanos à Margem da Memória” (acoplado no final do livro) que foi incentivado pela Lei VAI, resultado de um processo experimental sensível e engajado dirigido por Aline Reis, que coloca em evidencia uma rede de bons artistas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, que não encontram espaços de expressão de sua produção.
Aline Reis é compositora intuitiva e visceral. Dotada de um estilo muito próprio de cantar e tocar violão, sua voz doce e sutil cativa à primeira escuta. O contraste entre a pujança de suas letras e a doçura da voz capta e intriga o ouvinte, que aguarda ansioso pelo melodioso refrão. Os arranjos de Aline Reis, releituras livres de ritmos tradicionais brasileiros, sonoridades modernas e poemas cantados, marcam a obra criativa da compositora. Jongos, sambas, funk e pop são ingredientes de sua receita bem temperada, que faz a crítica às contradições de nosso tempo com simplicidade poética. Como não poderia deixar de ser, Aline Reis canta o amor, e rima, primorosamente, com a dor de amores inconclusos e confusos pelos quais viveu. Filha mais velha de um casal de mineiros migrantes, Aline Reis cresceu em bairro periférico de São Paulo, onde entrou em contato com a produção cultural situada às margens. Sagaz, cursou 3 anos e meio da Escola de Sociologia e Política, o qual interrompeu quando deu-se conta de sua pulsão inexorável para a criação artística.
A Aline é uma espécie de Estoica moderna que «espicaça as consciências adormecidas no sono fácil das ideias-feitas»; ela não se limita apenas - como alguns - a por o dedo nas feridas e nas chagas sociais, tenta também cicatrizá-las o melhor possível, utilizando os mais preciosos - mas aparentemente esquecidos - remédios que os bons deuses inventaram para “cuidar” do homem: o Amor e a Justiça. "O Amor Suporta a Dor" diz Aline Reis numa de suas musicas. "Ha que fazer urgentemente alguma coisa pois - por vezes e estupidamente - parece que o stock destes remedios essesnciais a vida esta no fim".
Aline é uma autêntica Alice, aquela que consegue enxergar através do espelho, que tem o dom de ver o que está além deste mundo material ilusório, em que estamos aprisionados. Aline atravessa o espelho e vem nos contar em forma de música e poesia as coisas que viu e aprendeu do outro lado.

É um livro-grito!, é também e sobretudo, um livro-esperança!.

L U T H E R B L I S S E T T

"O Circo Pegou Fogo e o Espetaculo só Acabou de Começar"

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Faça vc mesmo o Tutorial da sua VIDA real, por que se naum, shift+DEL pra vc!!!

Gente, aqui estão alguns vídeos dos procedimentos que estou seguindo pra realizar meu livro:

A Diagramação do livro, fiz num software livre, o Linux. Usei um programa chamado inkscape. Para a impressão, salvei as folhas em pdf.
Abaixo vai um vídeo explicando um pouco sobre o Linux e em seguida uma filmagem do processo da diagramação!!!











Processo de divulgação e reivindicação contra as empresas privadas...



Minha Humilide Compreensão e Anotações do Livro:
Lógica do Sentido
Gilles Deleuze



Neste livro, Deleuze procura estabelecer uma teoria do sentido a partir da obra de Lewis Carroll utilizando como termo de elucidação, o pensamento ESTÓICO. Pra quem não conhece, Lewis Carrol é o autor do livro ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS e ALICE NO PAÍS DOS ESPELHOS.
Segundo Delleuze, os estóicos, que romperam com os pré-socraticos, os socraticos e os platônicos, deram importante contribuição a um dos temas mais dificeis da filosofia, qual seja, a determinação da natureza e da constituição do sentido. Deleuze usa do caminho do não sentido, a uma lógica do sentido.

Prólogo: De Lewis Carroll aos Estóicos


Segundo o livro, o sentido é uma entidade não existente, que tem mesmo com o não-senso, relações muito particulares. Partindo disso, Lewis Carroll nos propos um jogo do sentido e não-senso, um caos-cosmos, fazendo a primeira grande ensenação dos paradoxos do sentidos, ora recolhendo-os, ora renovando-os, ora inventado-os, ora preparando-os. Pelo que entendi, Lewis Carroll é um estóico, e o lugar privilegiado dos estóicos provém de que foram iniciadores de uma nova imagem de filósofo, em ruptura com os pré-socráticos, com o socratismo e o platonismo; e esta nova imagem já está estreitamente ligada 'a constituição paradoxal da teoria do sentido.

Primeira Série de Paradoxos: Do Puro Devir


“Alice assim como Do outro lado do espelho tratam de uma categoria de coisas muito especiais: de acontecimentos puros”. Procurei o significado do nome Alice em sites de busca e dicionários e me apareceu seu significado em grego, que quer diz A VERDADEIRA. Deleuze diz que quando Alice cresce, quer dizer que ela se torna maior do que era, mas por isso mesmo ela se torna menor do que é agora, mas que não é ao mesmo tempo que ela é maior e menor, mas é ao mesmo tempo que ela se torna um e outro. Sendo assim, ao mesmo tempo que nos tornamos maiores do que éramos é que nos fazemos menores do que nos tornamos. E pertence 'a essência do DEVIR avançar, puxar no dois sentidos ao mesmo tempo: Alice não cresce sem ficar menor e inversamente. O bom senso é a afirmação de que, em todas as coisas, há um sentido determinavel, mas o paradoxo é a afirmação dos dois sentidos ao mesmo tempo.
Platão convidava-nos a distinguir duas dimensões: A Primeira a das coisas limitadas e medidas e a Segunda um puro devir sem medida, verdadero devir-louco que não se detem nunca, nos dois sentidos ao mesmo tempo, fazendo coincidir o futuro e o passado. O mais jovem torna-se mais velho do que o mais velho e o mais velho, mais jovem do que o mais jovem.
Reconhecemos esta dualidade platonica. É uma dualidade profunda, mais secreta, oculta nos próprios corpos sensiveis e materiais, uma dualidade subterrânea entre o que recebe a ação da idéia e o que se subtrai a esta ação.
O paradoxo deste puro devir, com a sua capacidade de futar-se ao presente, é a identidade infinita dos dois sentidos ao mesmo tempo, do futuro e do passado, da véspera e do amanhã, do mais e do menos, do demasiado e do insuficiente, do ativo e do passivo, da causa e do efeito. Daí as inversões que constituem as aventuras de Alice. Todas estas inversões , tais como aparecem na identidade infinita tem uma mesma consequencia: a constetação da identidade pessoal de Alice, a perda do nome próprio. E é a perda do nome próprio que guina a aventura que se repete através de todas as aventuras de Alice. Pois o nome próprio ou singular é garantido pela permanência de um saber. Este saber é encarnado em nomes gerais que designam paradas e repousos, substantivos e adjetivos, com os quais o próprio conserva uma relação constante. Assim, o eu pessoal tem necessidade de Deus e do mundo em geral. Mas quando os substantivos e adjetivos começam a fundir, quando os nomes de parada e repouso são arratados pelos verbos de puro devir e deslizam na linguagem dos acontecimentos, toda identidade se perde para o eu, o mundo e Deus. É a aprovação do saber e da declaração, em que as palavras vêm enviesadas, empurradas de viés pelos verbos, o que destitui Alice de sua identidade. Como se os acontecimentos desfrutassem de uma irrealidade que se comunica ao saber e 'as pessoas através da linguagem. Pois a incerteza pessoal não é uma duvida exterior ao que se passa, mas uma estrutura objetiva do próprio acontecimento, na medida em que vai nos dois sentidos ao mesmo tempo e que esquarteja o sujeito segundo esta dupla direção. O paradoxo é, em primeiro lugar, o que destói o senso comum como designação de identidades fixas.

Segunda Série de Paradoxos: Dos Efeitos de Superfície


Os ESTÓICOS distinguiam DUAS espécies de coisas, sendo A PRIMEIRA COISA os CORPOS, com suas tensões, suas qualidades físocas, suas relações, suas ações e paixões e os estados de coisas correspondentes. Sendo que o único tempo dos corpos e estados de coisas é o PRESENTE, pois o presente é vivo e é este presente vivo que é a extensão temporal que acompanha o ato, que exprime e mede a AÇÃO do agente, a PAIXÃO do paciente, PORTANTO, só os corpos existem no espaço e só o presente no tempo e não a causas e efeitos entre os corpos, pois todos os corpos são causas, causas uns com relação aos outros, uns para os outros. A unidade da CAUSAS entre si se chama Destino, na extensão do presente cósmico.
Todos os corpos são causas uns para os outros, uns com relação aos outros. Causas de certas coisas de uma natureza completamente diferente que não são corpos mais sim incorporẽs, atributos lógicos ou dialéticos, resultados de ações e paixões. São presentes infinitivos que se divide entre passado e futuro, sempre se esquivando do presente. De tal forma que o tempo de ve ser apreendido duas vezes, de duas maneiras exclusivas uma da outra. Só o presente existe no tempo e reune e absorve o passado e o futuro, mas só o passado e o futuro insistem no tempo e dividem ao infinito cada presente. ACONTECEM DUAS LEITURAS SIMULTÂNEAS DO TEMPO.
Os ESTÓICOS estão em vias de traçar, de fazer passar uma fronteira onde nenhuma havia sido jamais vista. O que estão operando é, em primeiro lugar, uma cisão totalmente nava da relação causal. Eles desmembram esta relação, sujeitos a refazer uma unidade de cada lado. Remetem as causas 'as causas as causas e afirmam uma ligação das causas entre si ( DESTINO ).
Esta DUALIDADE nova entre os corpos ou estados de coisas e os efeitos ou acontecimentos incorporais conduz a uma subversão da filosofia.
Eis que agora tudo sobe 'a superficie. É o resultado da operação estóica: o ilimitado torna a subir. Se trata de efeitos que se manifestam e desempenham seu papel. O que se furtava 'a idéia subiu 'a superficie, limite incorporal, e representa agora toda a idealidade possivel, destituída esta de sua eficacia causal e espiritual. Os estóicos descobriram os efeitos de superficie. Os simulacos deixam de ser estes rebeldes subterrâneos, fazem valer seus efeitos, o que poderiamos chamar de FANTASMAS independentemente da terminologia estóica. O mais encoberto tornou-se o mais manifesto, todos os velhos paradoxos do devir reaparecerão numa nova juventude – TRANSMUTAÇÃO. Os estóicos são amantes de paradoxos e inventores.
O começo de Alice procura o segredo dos acontecimentos e do devir ilimitado que eles implicam, na profundidade da terra, poços e tocas que se cavam, que se afundam, misturas de corpos que se penetram e coexistem. Os movimentos de mergulho e de soterramento dão lugar a movimentos laterias de deslizamento, da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. De tando deslizar passar-se-á para o outro lado, uma vez que o outro lado, uma vez que o outro lado não é senão o sentido inverso. Não há, pois, aventuras de Alice, mas uma aventura: sua aascensão 'a superficie, sua desmitificação da falsa profundidade, sua descoberta de que tudo se passa na fronteira. Alice não pode mais se aprofundar, ela libera o seu lado duplo incorporal. É seguindo a fronteira, margeando a superficie, que passamos dos corpos ao incorporal. É diante das arvores que Alice perde seu nome, é para uma arvore que o amolador de facas fala sem olhar Alice. E as falas anuciam batalhas. A história nos ensina que os bons caminhos não têm fundação, e a geografia, que a terra só é fertil sob uma tênue camada. DESCOBERTA DO SÁBIO ESTÓICO.
“A CONTINUIDADE DO AVESSO E DO DIREITO SUBSTITUI TODOS OS NIVEIS DE PROFUNDIDADE”.
“SUPERFICIE PLANA É O CARÁTER DE UM DISCURSO...”.